segunda-feira, janeiro 19, 2009

As Três Leis da Robótica, de Asimov

As Três Leis da Robótica são leis que foram elaboradas pelo escritor Isaac Asimov em seu livro de ficção I, Robot ("Eu, Robô"), de 1950, que inspirou o filme de mesmo nome. Tais leis dirigem o comportamento dos robôs. Asimov assim as estabelece:
1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.. 2ª lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

Posteriormente, Asimov escreveu outros contos, interpretando ou refererindo-se a essas três leis da robótica. Destaca-se o conto Os Robôs do Amanhecer (alguns afirmam que o título em português poderia ser Os Robôs da Aurora), onde são apresentados dois robôs: Giskard - um tipo tradicional, de aparência metálica, e Daneel - era um robô de aparência humana. É Giskard que mais tarde elabora a lei zero, mas esta lei era só dele, e de R. Daniel, e jamais se tornou de conhecimento público.
A lei zero propugnava que um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal.

É no filme Eu, Robô (com Will Smith interpretando o policial Deel Spooner), adaptado do conto de Azimov e ambientado no ano de 2035 que os robôs estão completamente integrados ao cotidiano dos seres humanos: realizam entregas, coletam o lixo, auxiliam em trabalhos domésticos e ainda atuam como assistentes dos humanos em todo tipo de atividade profissional. No futuro, aparelhos de som, carros, elevadores e outros equipamentos criados para facilitar a vida são acionados ou desativados apenas com um comando de voz. (o filme fala do futuro ano de 2035...e até parece que já estamos antecipando muitas coisas não é?). A temática discutida no filme são as três leis da robótica.
Estas leis só serão seguidas se as máquinas forem programadas com esta finalidade por seus projetistas. Para tentar lidar com o problema, cientistas europeus criaram o projeto pHRIends, (friends) e a sigla para physical human-robot interactions (pHRI) - interação física entre humanos e robôs. De qualquer modo, fica já estabelecida a questão-problema: é preciso ter cuidados devidos para os softwares gerenciadores de automações tecnológicas ou mesmo robôs (generalizando: qualquer artefato tecnológico guiado por software) não tomem 'decisões' que venham a inibir, cercear ou mesmo prejudicar a vida humana...uma questão, dentre várias que permeiam a problemática, é quem cria o software gerenciador de outras máquinas? Porque o criador vai imprimir e programar a criatura conforme seus valores, devendo a máquina (robô) reproduzir tais comandos em suas múltiplas alternativas de ações futuras: destruir ou libertar, salvar ou matar. Tais ações poderão fazer parte das rotinas robóticas, refletindo os comandos de inputs que farão parte do programa de eventos a serem realizados pelos robôs ou máquinas conforme situações previstas.
Tais aspectos dão ao mesmo tempo certa liberdade aos seres humanos (portas eletrônicas, controles remotos, acionamentos telemáticos, infra-vermelho, bluetoof, wireless, etc.), no entanto, ficam reticências e interrogações sobre até que ponto tais recursos tecnológicos e futuras criações robóticas de inteligência artificial poderão sobreporem-se aos humanos.
Isso nos leva a reflexões como utilizamos a tecnologia a nosso favor ou nos tornamos escravos dela...

terça-feira, janeiro 13, 2009

Antigas Tecnologias de Educação ?

Comumente pensa-se que as tecnologias educacionais são apenas os artefatos modernos de computação aplicados em sala de aula: computadores, lousa digital, multimídias (TV-dvd-cdrom), Internet, Games eletrônicos, data-show ou mesmo um simples retroprojetor.

Não podemos esquecer os antigos e ainda usuais instrumentos tecnológicos que adotamos em sala de aula e que constituem tecnologias que auxiliam as práticas educacionais, mas que não são considerados como tecnológicos: o lápis e o quadro, o livro e o caderno ou folha de notas. Desejo discutir sobre o quadro branco...
O quadro se constitui num espaço visual-gráfico como recurso tecnológico no qual o(a) professor(a) expõe suas esquematizações conceituais, complementando sua práxis pedagógica oral com a escrita. Fórmulas, conceitos, exercícios, esquemas, gráficos, esboços gerais podem ser utilizados neste espaço gráfico-visual pelo(a) professor(a) dando uma dinâmica a aula. Este recurso tecnológico utilizado ainda nos ambientes educacionais estimula nos(as) alunos(as):
1) atenção à fala e à escrita do(a) professor(a);
2) prática da lecto-escrita (na medida em que se o que está no quadro e se escreve no caderno ou folha de notas);
3) apreensão de esquematização escrita de conceitos (uma estruturação de princípio-meio-fim, conceitos e perguntas, fórmulas e exemplos/questionários, etc.)
4) metalinguagem (elaboração cognitiva para ler além do que está apenas escrito de forma tão compacta. O(a) professor(a) escreve muitas vezes diversos conceitos e esquemas abreviando-os em curtas definições e classificações utilizando diversos elementos coesivos como colchetes, dois pontos, traço, travessão, barras, setas, círculos, retângulos, grifos, lápis de outras cores, etc.)

Esta última habilidade que é estimulada nos(as) alunos(as) ao ler o que está no quadro mas não se deter nele, representa uma prática que nós utilizamos no dia-a-dia e principalmente durante o processo de aprendizagem da lecto-escrita nas escolas: os elementos intratextuais e os elementos extratextuais. Tal processo mental de integrar elementos que estão no texto e fora do texto (no caso em discussão, o que está no quadro e o que está fora dele) é objeto de estudo de diversos pesquisadores na área de lingüística e psicologia, destacando-se o Modelo de Construção e Integração (CI) de Kintsch (1998).

O modelo CI proposto por Kintsch considera tanto os elementos intratextuais como os elementos extratextuais, compondo uma integração dos mesmos em duas fases: (1) construção: na qual são identificados e relacionados elementos do texto e construído um esquema mental coerente do mesmo. Essa é uma fase local, limitada ao texto; (2) integração: adiciona novas informações, o seu conhecimento de mundo, comparando o sentido do texto com uma espécie de lógica comum (o que é considerado normal e conhecido do leitor). Nessa fase, o leitor expande suas concepções, idéias, significados, não restringindo-se ao texto, mas comparando as informações, processando-as e integrando-as numa representação mental mais ampla, contribuindo para a compreensão textual.

Observamos, portanto, que o considerado simples quadro branco é uma ferramenta tecnológica importantíssima e que deu, como ainda oferece, contribuição valiosa ao processo de aprendizagem na escola. Evidentemente que tal recurso possui suas limitações, face aos recursos tecnológicos mais avançados, porque não apresenta uma dinamicidade de imagens, nem oferece sons como numa tela de computador ou mesmo em uma lousa digital. A característica do quadro branco (antes quadro negro ou verde) é seu aspecto de menor dinâmica visual coordenada apenas pelas mãos do(a) professor(a) que escreve e apaga, renovando nova escrita com palavras, fórmulas, gráficos, equações, etc. Na verdade, a tela do computador e os softwares gráficos disponíveis comumente refletem uma ampliação dos recursos de um simples quadro branco (fazendo um paralelo com o mesmo, nesta discussão), seja o Word, o Excel, o PowerPoint, acrescentando recursos de imagens dinâmicas e sons que podem agora serem apresentados sobre uma tela através do data-show.

Podemos também questionar que, embora tenha ocorrido o avanço tecnológico do recurso (do quadro branco para o data-show), muitas vezes a prática docente continua estática e antiquada, utilizando um conjunto de recursos avançados (um software como o PowerPoint, os instrumentos de data-show, computadores, caixas de som) como se fosse um simples quadro branco...É possível explorar mais tais recursos: utilizando vídeos, imagens e músicas adequadas, etc para que o(a) aluno(a) possa ser mais estimulado ao processo de ensino e aprendizagem.

Há um vídeo muito interessante com tom de humor no Youtube sobre o uso do quadro branco e o data-show, questionando a metodologia e a tecnologia. Este vídeo foi pesquisado por um dos alunos da disciplina Educação e Tecnologia que ministrei na UFPE/CAA em 2008...Procurem pelo nome Metodologia ou Tecnologia no link de pesquisa do Youtube ao lado e se divirtam criticamente também.

Bibliografia:

KINTSCH, W. (1998). Comprehension: A paradigm for cognition. Cambridge: Cambridge Uniserity Press.

domingo, janeiro 11, 2009

O cientista e o geminóide

O cientista japonês Hiroshi Ishiguro, da Universidade de Osaka, criou um geminóide - o termo é utilizado para um tipo de andróide gêmeo do seu criador - bastante semelhante a si.
O andróide tem 50 sensores e alguns motores com cilindros micropneumáticos capazes de reproduzir alguns movimentos semelhantes aos humanos além de permitir que a máquina seja sensível ao toque.
O geminóide reproduz muitos dos movimentos próprios do cientista, como movimento dos olhos, da boca, das mãos, de modo que se alguém ao longe olhar o geminóide o confudirá com o seu criador, o cientista Ishiguro.

O andróide pode ser controlado remotamente, podendo simular até a respiração e possuindo um microfone, de modo que o cientista poderá estar num outo lugar qualquer e o seu andróide dar uma entrevista ou mesmo uma aula em outro ambiente. É o clone andróide, outro momento interessante entre ficção como nos filmes 'O Sexto Dia' (com ARNOLD SCHWARZENEGGER) ou mesmo BLADE RUNNER (com HARRISON FORD) e o que já estamos vendo na realidade.

Assim, como ASIMO, o andróide GEMINOID criado pelo cientista japonês representa o que já é possível em termos de andróides e robôs com semelhanças humanas.
Defendo a idéia de que uma espécie de 'matrix' está sendo construída atualmente, sem que percebamos com maior criticidade...bem logo, num tempo não muito distante de agora, estaremos convivendo com ASIMO´s e GEMINOID´s em nosso dia-a-dia, nas ruas, nas escolas, nas indústrias, nos escritórios.
Poderão algum dia, essas máquinas, tão semelhantes aos humanos, tomarem decisões contra os próprios humanos? Isaac Asimov já discutiu em um dos seus contos algo a respeito: as três leis da robótica que discutiremos a seguir.
Na foto acima, o cientista japonês e seus geminóide...tão parecidos heim?! Veja o vídeo clicando o termo GEMINOID na ferramenta de busca do youtube neste blog!

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Asimo e os futuros robôs

A Honda tem investido milhões na atualização da robótica, como o robô quase andróide Asimo: o seu nome é uma sigla que significa Advanced Step in Innovative Mobility, traduzindo um conceito que é um robô produzido exatamente para atividades que exijam coordenação e precisão de movimentos semelhantes aos dos humanos.
Observação seja feita para a semelhança e quase coincidência do nome que lhe deram com o do professor de bioquímica norte-americano que ficou reconhecido como um mestre do gênero da ficção científica: Isaac Asimov.

Vejam o comercial do robô Asimo no youtube:

Há outros vídeos fantásticos de Asimo, surpreendentes e que nos conduzem à reflexões sobre nosso próprio futuro: a convivência com os robôs domésticos. A realidade conduz-nos a uma concretização de um livro de Asimov: O Homem Bicentenário, interpretado por Dust Hoffman, como o andróide doméstico que anseia e luta por ser humano...no filme há um momento bastante dramático e polêmico: a relação de uma mulher com o andróide. Asimov soube muito bem adiantar o futuro, traduzindo em ficção o que já presenciamos hoje: ASIMO é o exemplo do que veremos em breve nas casas, escritórios e empresas. Robôs sendo utilizados como auxiliares das atividades domésticas e imediatas dos humanos. Até o momento, cientistas asseguram que tais máquinas 'inteligentes' não poderão voltar-se contra nós, porque são programadas pelos próprios humanos que, simplesmente poderão desligar o botão ON POWER a qualquer momento.

Vendo e revendo os filmes de ficção científica como Matrix, Blade Runner, Eu-Robô, entre outros, ficamos assustados com o avanço tecnológico, o uso da IA (Inteligência Artificial) e da robótica: a substituição de mão-de-obra humana nos postos de trabalho já é uma realidade desde o início da Era Industrial, mais acentuadamente nas últimas décadas com a predominância da Automação Industrial e dos CLP´s (Controladores Lógico-Programáveis)...a questão que nos assusta é: existirão mais máquinas (andróides) que humanos nas indústrias, nos escritórios, bancos, comércio? poderão os robôs, programados por nós mesmos ou até por eles próprios formarem uma rede de tecnologia inteligente, capazes de se protegerem, de lutarem para não serem 'desligados' pelos humanos?
Estamos atualmente vivendo um momento muito tênue de ficção científica e realidade em se tratando de tecnologia, robotização e andróides.

Por falar em andróides...já temos os geminóides! Mas isto é conversa para o próximo post...

Orkut,Youtube e Blogs utilizados como ferramentas e ambientes educacionais

Em 2008, na UFPE/Campus Agreste, Caruaru, realizamos com alunas e alunos do curso de Pedagogia, a disciplina de Educação e Tecnologias, com ementa que objetivou ao conhecimento e prática de uso das TIC´s à Educação.
Pudemos debater sobre aspectos relacionados à formação de professores, programas do Governo sobre tecnologias educacionais e também no laboratório de informática, migramos para aulas vivenciadas na plataforma do Orkut, onde alunas e alunos postaram várias atividades que foram propostas.
Então as alunas e alunos, cadastraram-se no Orkut e vivenciaram boa parte das aulas na Comunidade Educação e Tecnologia CAA UFPE: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65860233

Posteriormente, também vivenciamos experiências no Youtube, onde alunas e alunos fizeram seus cadastros pessoais, criaram seus canais e postaram tanto vídeos pesquisados com a temática de educação, como também produziram seus próprios vídeos. Visitem o canal do Youtube:http://br.youtube.com/user/ProfRobsonSantos

E, finalmente, alunas e alunos tiveram práticas no espaço virtual, criando seus blogs, como este aqui!

Espero que visitem os endereços eletrônicos.

Prof. Robson Santos

Feliz Ano Novo...Renovando idéias!

Bem, Feliz Ano Novo!

Passado o período das festas, dos gastos, dos presentinhos, das confraternizações, estamos aqui de novo, começando tudo outra vez...

Ano Novo, com novas expectativas e mudanças a vista: aliás, tudo isto depende apenas de quem tem um olhar diferente, de quem busca renovações!

Estarei colocando tópicos e aspectos da tecnologia relacionados à linguagem e à educação, para discussões e troca de idéias.

Inicialmente apresentarei os endereços eletrônicos de nossa vivência educacional em 2008, com os alunos da UFPE/Campus Agreste (Caruaru).

Grande abraço a todas e a todos os internautas nevagantes por estas praias...

Prof. Robson Santos